quarta-feira, 9 de abril de 2008

Romeu e as rosas de gelo

Certo dia Zé Painho foi à feira de Baião. Quando regressou a casa trazia uma ovelha com um olho cego. A sua mulher ao ver aquilo ficou muito desiludida. Ele explicou à sua esposa que a ovelha ainda ia dar um carneiro. Passaram-se muitos dias e a ovelha não criava.
Numa noite, ele disse à mulher que a ia vender. No dia seguinte, foi ao estábulo e mudou de opinião. Ficou muito contente, pois tinha nascido um cordeirinho saudável.
Passando muito tempo, Zé Painho levou o cordeirinho para o campo para ele pastar. A certa altura o animal ouviu uns barulhos que pareciam duas campainhas. Muito sobressaltado subiu o muro que cercava o campo e viu uma borrega que, de repente, lhe fixou na testa uma estrela azulada. Ele muito impressionado atirou-se abaixo e caiu sobre uma roseira. Ficou cheio delas e o Zé Painho ao ver aquilo foi para casa cortar-lhe as rosas.
No dia seguinte, foi ao estábulo e viu que o cordeirinho ainda tinha rosas no corpo. Resolveu chamar um médico que disse que era preciso ele tomar muito remédio. Zé Painho não queria ficar com aquela despesa toda e vendeu-o. Os seus novos donos eram ciganos que andavam de terra em terra. Mas também se fartaram e queriam abandoná-lo. Mas voltaram atrás porque no dia seguinte ele estava com duas grandes flores a fazer de chifres.
Nesse mesmo dia, foram para uma festa onde levaram o cordeirinho e dois instrumentos musicais para tocarem. Quando lá chegaram todas as pessoas ficaram especadas a olhar para o cordeirinho. Mas os ciganos não ligaram e começaram a tocar.
Quando já estavam fartos pararam para anunciar que ia haver um leilão. Quem desse mais dinheiro pelo cordeirinho levava-o embora. Quem ganhou foi o senhor Bernardino.
Quando chegou a casa, foi logo mostrar à sua filha que logo lhe perguntou muita coisa a que o pai respondeu.
No dia seguinte o pai foi trabalhar, mas recomendou-lhe que não cortasse as rosas. Ela desobedeceu-lhe. As rosas, passando um pouco, ficaram em gelo. Foi logo comentar com a mãe que, muito preocupada, foi logo para o local. Viu o cordeirinho e a borrega muito felizes, pois ficaram juntos para sempre.
Cláudio Miranda, nº12, 5ºC